quinta-feira, 3 de outubro de 2013
Concha fechada
Com a parte do corpo que mais gosto você equilibrava a vida em potência. Ela, volta e meia se lhe escapava entre os dedos, e compenetrado você retomava a tentativa de captura. Na tensão do "enquanto" o tempo era suspendido e eu indecisa entre querer que ela caísse e querê-la em minha mão. Quando finalmente se encontrava a centímetros da superfície, você agarrou aliviado e me entregou: depositou em minhas mãos a vida em potência que brilhava em tons de verde e dourado. O brilho externo durou algum sóis, depois apagou, mas sempre que a seguro sinto que minha mão pode ser seu pé, equilibrando a vida em potência que me escapa entre os dedos.
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