Olhando a linha do mundo logo à frente de que lado eu estaria? Quem me olha?
A grande estrutura instável por calmos mares. Que o mar não mexe, e ela ainda assim balança. Que não sustenta-se sozinha e, sem velas, inventa um motivo para manter-se no horizonte. Se ele abrir a boca vai tudo água abaixo. Adentrará a língua rosa do outro lado da linha do mundo. Puseram um fim no infinito. Isso não é uma metáfora. Eu sou a calmaria do mar sem ondas que de onde está não é se não a calmaria do mar.
Foto: Isabella Pina
Intervenção digital: Betu Souza
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