Estava
envolta em muita verdade. Era um momento de verdade tão intensa que não pude me
sustentar sozinha e aceitei outros braços: me envolveram por inteiro como se
fechassem meu corpo e as farpas dos olhares alheios não me pudessem atingir,
porque naquele instante todos me olhavam. E como se a força dos braços me
adentrasse a coluna eu me nutria do cóccix ao pescoço enquanto mais fracas ficavam
minhas pernas. E eu, forte pela metade, se fosse solta pelos próximos segundos estaria
então fraca pela metade. Não pude parar e precisei de auxílio, após a ausência,
surpreendentemente os braços continuaram ali, meu tronco com uma força
magnética que me fazia abrir o peito, abrir o peito como se dissesse todos os
sins do mundo. Com o passar do tempo a metade fraqueza ia se transformando em
metade força, e ficava a percepção de que os olhares nunca deixariam de estar
voltados para mim, mas já não me eram estranhos. Aí então eu torcia para que
cada dono daqueles olhares farpados fosse tomado pela mesma verdade absoluta
com a qual tomei contato, que se enchessem aos poucos de força e abrissem o
peito, como se dissessem todos os sins do mundo.
4 comentários:
cóccix
hahahaha. muito obrigada, deve ter sido a palavra errada que não permitiu que o texto lhe tocasse :P
realmente não me tocou, mas talvez por eu não ter conseguido interpretá-lo. achei um pouco confuso e vago. preferi os outros textos. :)
Obrigada, querido (a). Eu dizia sobre um abraço inesquecível. Um abraço pra ti!
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