Pouco sargaço pra muito mar, e contra o vento os cabelos
embaraçam, nós de tão difícil desate, mãos de tão difícil desentrelace. Espuma,
uma espuma branca bóia no céu em tantos pedaços que o vento não consegue
dissipar, mas ó paí, mesmo com tanto filtro não fallta luz, e vem é de todos os
cantos, pele negra, olhos brancos, vem de lá, de todos os santos, me empurra
pelas costas me acelerando o passo. Corre, corre, corre, vamos fazer vento
amor, circular essa energia tão concentrada nessa areia, circular essas
ladeiras, que inclinam feito balança com o peso das nossas besteiras,
fragmentadas em paralelepípedos espalhados por aí, - vem por aqui, que aí tem
perigo, - mas é perigo pequeno... e as ondas batendo, batendo... pequenas e
companheiras me carregam pela beira, e beirando os imprevistos eu sigo a vida
inteira...
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